quarta-feira, 16 de setembro de 2009

to be or not to be must be what is supposed to be.

tenho poucos segundos e muitas palavras para se estapearem. elas precisam rugir de dentro de mim. são minhas, mas me cansam até a rouquidão.
hoje as coisas se mostraram independentes. as coisas do mundo, às árvores e as formigas (tão pequenas), todas serenas, sadias, correndo corrrrrrrrrrrendo pelo chão, pelo céu, ultrapassando meu corpo parado. a única coisa que eu consegui fazer foi produzir uma piscadela. blink-blink. depois mais nada.
a moça de sapato alto, meias negras e vestido furtacor esbarrou em mim (tão coitadinha, sentada na escada). todo o café do seu mísero copinho caiu pelo meu corpo. gostei de sentir a pele queimar. desculpa querida não vi você. tudo bem, nunca [...] ela continuou a andar, aqueles cabelos crespos, as mãos enferrujadas.
fiquei só, com o sol acenando para mim, dando-me adeus ou good-bye. a lua não apareceu. algumas estrelas me silenciaram mais ainda.
os carros carreando a estrada, as buzinas buzinando o vento. eu sendo alguma coisa além-olhos. deixei aquele mundo tão grande, tão maratonista, tão mundano, me adentrar. deixei que roubasse meus pensamentos. a verdade: deixei que o mundo me apontasse uma arma no peito e outra na cabeça e...: o coração... ou a razão? escolhe agora.
intimação.
fechei os olhos e rezei. não por favor não! não quero morrer não, não quero morrer e ter ainda a percepção secundícia do sangue escorrendo do meu peito e das lágrimas azuis totais caindo como chuva em cima de mim.

a escolha foi feita.
os fios de controle-marionete foram cortados.
respirei ar puro.

(pripri)

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